domingo, 25 de janeiro de 2015

Brasileiros no exterior, a saudade de casa e a tirania da família no Brasil Sobre quem sai do Brasil e é castigado pela família, ao invés de receber carinho e respeito.

Esse também é o seu caso?
Eu confesso que fiquei aliviada de saber que nao estou sozinha na decepcao se ser menosprezada por pessoas que amo e que sao "meu sangue".
 
 
http://caminhos.eu/brasileiros-no-exterior-a-saudade-de-casa-e-a-tirania-da-familia-no-brasil/
 
Já escrevi sobre uma brasileira que vive em Berlim, trabalhando duro com faxinas para manter a si e à filha, e que estava disposta a se endividar, tomando um empréstimo altíssimo para que seu irmão, no Brasil, pudesse comprar um carro. Dei-lhe o conselho de não fazer isso, pedi que ela pensasse em primeiro lugar em si mesma e no futuro da filha e que não se endividasse para satisfazer um desejo de um irmão adulto, que tem condições de caminhar com as próprias pernas, ganhar seu próprio dinheiro e comprar então o que quiser. Pois bem, fiquei feliz ao saber que ela seguiu esse conselho, não tomou empréstimo algum e viajou para o Brasil sem levar os 15 mil euros que o irmão havia pedido. Mas infelizmente fiquei triste ao vê-la após seu retorno, pois a coitada se sentia arrasada. Ela disse não a um pedido absurdo do irmão, mas pagou por isso um preço muito alto, que foi se sentir rejeitada pela família e castigada da pior forma que uma família pode castigar: negando amor e carinho! Segundo ela, o que mais doeu foi o comportamento da mãe, que já esteve em Berlim, que conheceu sua labuta, que viu de perto o quanto ela tinha que trabalhar, que sabe muito bem que a filha não é rica. Durante toda sua estadia, a mãe fez cara feia, dando-lhe indiretas, acusando-a de ser egoísta por viver na Europa, mas não ajudar o irmão a comprar o carro que ele tanto queria.

Já outra brasileira me contou uma história igualmente triste, desta vez sobre um sobrinho que lhe pedira para trazer um celular. E ela comprou um smartphone de última geração (se não me engano, um S5 da Samsung) e levou para o sobrinho, além de inúmeros outros presentes para o resto da família, tudo isso comprado com sacrifício, já que ela estava desempregada e dependia do marido alemão, que não ganhava muito. Não foi fácil juntar o dinheiro das passagens e o casal teve que apertar mais ainda o cinto para atender a lista de presentes da família. Pois bem, alguns dias após a chegada e a distribuição dos presentes, ao visitar o irmão e sua família, ela se viu numa situação difícil, pois precisava falar com urgência com alguém, mas o próprio celular não funcionava. Na maior ingenuidade, ela se dirigiu ao sobrinho, pedindo-lhe seu celular emprestado para fazer esse telefonema importante. Para sua surpresa, o rapaz se negou, disse-lhe que o telefone era dele e que não iria emprestar coisa nenhuma, em tom áspero e sem o mínimo respeito. Ela se chateou, brigou com o sobrinho e exigiu que ele lhe emprestasse o aparelho que ela mesma havia trazido, frisando que só precisava por alguns minutos. Nesse momento, a surpresa foi ainda maior, pois o irmão dela chegou à sala, deu razão ao filho e a colocou para fora, acusando-a de arrogância só por morar no exterior e dizendo-a que só voltasse à sua casa quando aprendesse a respeitar sua família. Ela chegou chorando à casa dos pais e foi novamente surpreendida ao escutar deles que o irmão estava certo e que ela deveria pedir desculpas a ele. Por negar-se a fazer isso, ela passou o restante das férias no Brasil em um clima ruim, sem que ninguém da família conversasse direito com ela, sendo praticamente ignorada.

Conheço tantos exemplos de tirania de famílias de emigrantes que poderia passar alguns dias escrevendo. Sim, conheço muitas histórias de parentes que maltratam os que saem do país quando eles se negam a continuar assumindo o papel do “emigrante rico”, que tem a obrigação de dar presentes e ajudar a todos financeiramente sem nunca reclamar. Sei de casos de quem ajudou durante anos, mandando dinheiro para o Brasil, levando presentes, pagando contas e até mesmo sacrificando as férias e o descanso para resolver problemas pendentes, pegando filas, resolvendo coisas de tudo quanto é tipo e até mesmo abrindo negócios para parentes e financiando e coordenando obras ou reformas na casa de alguém, às vezes sem nem mesmo escutar um ‘muito obrigado’. Muitas vezes, a questão não é (somente) de dinheiro. Os parentes acham que a pessoas vêm de férias para ficarem ouvindo lamentações o tempo todo, algumas até bizarras, como quem reclama de não poder pagar as contas, mas não deixa de tomar muita (!) cerveja nos fins de semana ou não perde uma praia nos domingos, ao invés de procurar um bico para ganhar um pouco mais. Mas quando então uma pessoa que vive no exterior, já cansada de trabalhar tanto para ajudar a família, um dia corta essa ajuda, por não poder e não querer mais, pode acontecer dela ser rejeitada, chamada de egoísta e escutando até parentes dizendo que ela é uma pessoa tão ruim que, apesar de “nadar em dinheiro”, nunca ajudara a família, anulando praticamente tudo que a pessoa fizera até então.

Sei até de casos onde se inventa uma “doença grave” na família só para arrancar dinheiro do migrante. Recordo-me de um brasileiro que me contou que sua família pediu-lhe três mil reais para pagar uma operação URGENTE do sobrinho, que havia caído e quebrado um braço. A operação até que foi real, mas os custos já tinham sido cobertos pelo plano de saúde, sendo necessário pagar somente 200 reais do próprio bolso. A falta de vergonha é tão grande que até um suposto câncer é usado para extorquir quem está longe. E isso sem falar daqueles que foram de férias ao Brasil e terminaram sendo roubados dentro de casa pelos próprios parentes.

Tal tipo de comportamento parece ser algo bastante comum no Brasil, afetando muitos migrantes, não devendo ser subestimado, pois causa um profundo sofrimento em quem vive longe de sua terra natal, onde muitas vezes se sente só, desejando fortemente a proximidade e o amor da família, mas recebendo cobranças, pedidos e acusações, sempre que tentam ter um mínimo daquilo que qualquer pessoa deveria poder esperar de seus familiares: carinho e respeito.

Há migrantes que têm sorte, com uma família que apoia, que escreve ou liga regularmente para saber como estão, que “troca figurinhas” em redes sociais, que realmente se interessa por sua vida e que manda, apesar da grande distância, muito carinho e conforto. Já outros se veem constantemente confrontados com cartas, chamadas telefônicas e e-mails de parentes que querem somente reclamar da vida e pedir algo. Enquanto alguns sabem o que é ser amado pelos seus, outros recebem somente uma forte tirania. Alguns são recebidos de braços abertos e com abraços apertados, enquanto outros se veem obrigados a “comprar” o carinho da família com malas pesadas e presentes caros, pois, caso contrário, sentem rapidamente na própria pele a crueldade dos parentes.

De onde vem essa tirania?

Uma família é sempre algo complexo, já que envolve diversos indivíduos, cada um com necessidades singulares. Normalmente são os pais os elos desses indivíduos, são eles que unem todos e definem, nem sempre conscientemente, o que é comum e são eles que traçam o caminho seguido pela família como coletivo, junto ao caminho individual de cada membro. A família como grupo tem a função básica de garantir a sobrevivência de todos, ajudando, protegendo e amparando, educando e orientando, sendo que sua principal característica é (ou deveria ser) a solidariedade, algo benéfico para todos os membros. Mas isso muitas vezes não funciona como seria de se esperar, pela falta do pai (ou de uma figura paterna) ou da mãe (ou de uma figura materna) ou pelos pais serem “fracos” e não assumirem devidamente seu papel de liderança e união, ou, ao contrário, quando os pais são muito “fortes” (=dominantes), impondo a própria forma de pensar e o caminho coletivo, sem respeitar o caminho individual de cada um. Fato é que qualquer distúrbio na forma dos pais guiarem a família reflete-se no comportamento de cada membro. Assim, quando um pai ou mãe (ou ambos!) abusa do mecanismo da solidariedade como arma para prender os filhos a si e/ou manipulá-los, para podar sua liberdade e até mesmo usufruir dos benefícios conquistados por cada um deles, isso faz com que outros membros da família assumam a mesma postura e que também os filhos abusem do conceito de solidariedade, transformando-o numa expectativa de ajuda de mão única, onde cada um busca primordialmente a satisfação dos próprios interesses. O resultado disso é uma espécie de chantagem emocional generalizada, provocando uma consciência pesada em qualquer membro que resolva romper certos laços e “fugir da prisão”, seguindo o próprio caminho. Essa consciência pesada, enraizada nos filhos desde a infância, é a arma então utilizada pela família para “castigar” quem abandona o clã, deixando claro que essa “fuga” tem seu preço.

Perceba que quando falo de família, falo de pais e filhos, irmãos e irmãs. É claro que existem ainda os avós, tios e tias, primos e primas e os “agregados”, mas o que eu chamo de núcleo familiar básico são os pais e os filhos. Quando isso deixa de ficar claro e muita gente, até mesmo gente distante, se intromete na vida de todo mundo, isso é sinal de que algo não está certo nessa família. Quando falo de pai e mãe, não quero dizer que esses papéis não possam ser desempenhados por outras pessoas. E não raramente, até mesmo uma pessoa sozinha consegue dar conta das duas tarefas (pais e mães solteiros). Há muitos filhos criados pelos avós, ou somente com pai ou mãe solteira, que resultam assim mesmo numa família unida, cheia de amor e carinho. E tanto faz a constelação, é dessa família “mais estreita” que falo. Decerto um tio ou tia, primo ou prima, sobrinho ou sobrinha também pode lhe decepcionar muito, mas acredite: você suporta isso muito melhor se entre você, seus “pais” e seus irmãos tudo estiver bem. Ser decepcionado por avós também dói muito e pode às vezes doer até mais que pelos pais.

Aqueles que saem de uma constelação desse tipo e vão para bem longe terminam rompendo esse entrelaçamento, esse nó, querendo ou não. Pelo menos é assim que isso é visto pelos que ficam, que se sentem então “traídos” por aquele que se afasta, já que assim a casta deixa de ganhar com os benefícios alcançados por esse membro. E aí vem a cobrança (que nunca é dita em voz alta, mas que quem é cobrado sente!): você foi embora, então agora nos ajude, caso contrário, não lhe aceitaremos mais como um de nós!  Como não há um interesse real no bem-estar de todos, mas cada um, no fundo, só pensa em si, falta nessas famílias uma relação de amor e carinho autênticos, o que faz com as cobranças sejam feitas no nível material. Então, por conveniência, mas também por crueldade, aquele que abandona o clã para mudar de país é rapidamente taxado de rico, já que isso facilita a cobrança de ajuda financeira e presentes.

O problema aqui é que quem saiu nem percebe logo essa dinâmica, acredita ingenuamente no conceito de solidariedade ensinado pelos pais e termina apoiando tal postura através de sacrifícios feitos para ajudar ou agradar os que ficaram. A pessoa se sente obrigada a isso, nem cogita um comportamento diferente, já que família é família e tem que ser ajudada. Deixar de fazer isso significaria ter consciência pesada e sentir-se mal, já que alguém que não apoia a própria família é uma “pessoa ruim”. Essa pessoa é então sugada literalmente por parentes e pode precisar de anos (ou mesmo de uma vida inteira) para perceber o que se passa realmente e que ela, apesar de ter saído de casa, indo viver milhares de quilômetros de distância, nunca se livrou do cabresto que recebeu de sua família e termina vivendo longe, mas presa de uma forma tirana por aqueles que nunca tiveram a mesma coragem e que agora a castigam por ter ido embora.

Com o passar dos anos, quando se percebe que, no fundo, é tratado com indiferença, com os familiares mais preocupados com presentes do que com sua pessoa, esse alguém se decepciona, sente-se triste e cansado e tenta reverter a situação, mas percebe rapidamente que isso não é tão fácil assim. O emigrante protesta, mas é severamente punido, sendo acusado, insultado e caluniado ou mais que isso: ele simplesmente passa a ser ignorado, que é o pior de tudo.

E caso você se encontre em uma situação assim, o que poderia lhe ajudar seria a coragem de ver as coisas como são, por mais que isso doa, e compreender que laço sanguíneo nem sempre é sinônimo de carinho e respeito e que parentes não são necessariamente família. Sim, olhe as coisas como são e talvez você reconheça que um ou outro parente gosta realmente de você e lhe respeita e que talvez existam outras pessoas que não têm o mesmo sangue seu, mas que são muito mais sua família do que seus parentes. Não gaste seu tempo e sua energia querendo convencer ninguém de que ele está errado, de que não está certo ele lhe tratar como lhe trata. Isso só lhe prenderá ainda mais. Você vai tentar ter razão para aliviar sua consciência, mas quanto mais você tentar, mas pesada ela ficará, já que as acusações e a apelação da família ficarão cada vez mais absurdas. Eu sei que a situação é injusta, mas entre justiça e equilíbrio, é melhor escolher o equilíbrio. Centre-se, faça as pazes consigo mesmo, perdoe os parentes que lhe tratam de forma injusta, mas liberte-se de qualquer consciência pesada e mantenha uma distância saudável de pessoas assim. Sua família continuará sua família, deixe as portas abertas, mas peça para as pessoas baterem antes de entrar, lhe respeitando como ser humano e lhe enxergando como alguém que tem uma vida própria e que gostaria que o princípio de solidariedade valesse para todo mundo e que você também tem suas carências e necessidades. Deixe claro que você está disposto a partilhar, mas que partilha só faz sentido quando todo mundo participa. Família é o lugar onde deveríamos encontrar aconchego, amor, compreensão, carinho, com ou sem dinheiro, com ou sem presente, na verdade sem condição alguma. Talvez você tenha a sorte de ter uma família unida, carinhosa, amiga, mas se isso não for assim, permita sua tristeza, sim, pois isso dói, mas fique aberto para as alegrias que outras pessoas lhe dão. Se sua família lhe dá o sentimento de se estar só, então encontre sua família verdadeira: aquelas pessoas que realmente amam você e querem o seu bem.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Como se adaptar ao exterior (by Silvana S.B.)

Como se adaptar ao exterior quando a decisão veio de outra pessoa?


Como se adaptar ao exterior quando a decisão veio de outra pessoa?

Setembro 20

Viver no exterior como acompanhante, seja de um familiar ou namorado, inicialmente pode parecer uma ótima oportunidade de expandir os horizontes e uma experiência cheia de novidades, lugares diferentes para conhecer, com a sensação inicial da euforia de uma viagem de férias tão esperada. Mas, quando a rotina começa a ficar repetitiva, a falta de suporte e trabalho pode colaborar para a existência de problemas emocionais. A vida acaba ficando sem sentido, com um sentimento de vazio e solidão, e o fato de estar distante da família e amigos pode dificultar a experiência de viver em viver em país estrangeiro, resultando em tristeza e possíveis crises de depressão.

Algumas atitudes podem favorecer o processo de adaptação:

1. Mantenha a flexibilidade mental. Seja curioso e deixe de lado seus pré-conceitos e comparações com seu local de origem. Procure experimentar comidas locais, tente conversar com nativos, isso ajudará a compreender melhor as diferenças culturais e se integrar no local onde está vivendo;

2. Procure conhecer outros estrangeiros, especialmente pessoas de diferentes nacionalidades. Eles entenderão o que você está sentindo e juntos poderão ajudar um ao outro;

3. Procure atividades que sejam prazerosas e esteja aberto a aprender algo novo, você pode se surpreender de forma positiva com a novidade e ampliar seus conhecimentos;

4. Se possível, faça trabalhos voluntários, isso ajudará a desenvolver a fluência no idioma, mantendo a mente ocupada de forma produtiva, além da oportunidade de conhecer pessoas novas;

5. Procure integrar-se sempre que possível nas atividades de seu familiar ou companheiro, estabelecendo rotinas sociais na qual você possa ser incluído. Isto ajudará na sua adaptação e diminuirá o isolamento;

6. Pensar e agir de forma positiva influenciará na forma como você sentirá e perceberá as situações, consequentemente melhorando o seu humor. Assim reflita sobre seus pensamentos, fale sobre seus sentimentos com alguém de confiança e reveja suas atitudes.

Lembre-se que o melhor “remédio” para evitar a tristeza e o isolamento durante a sua estadia no país estrangeiro é a integração com a cultura local.

Por: Silvana Sapyras Byrne, Reg. Psychol., Ps.S.I – Psicóloga  Intercultural, Membro da Sociedade de Psicologia da Irlanda. Atendimento psicoterapeutico presencial em Dublin e por Skype para clientes residentes em outras localidades. Facebook ou celular: +353 863429003

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ele esta equivocado ou é a realidade brasileira?


Independência ou morte


Um americano que morou em São Paulo por três anos resolveu criar um lista com motivos pelos quais odiou viver no Brasil. Ele é casado com uma brasileira e não gostou muito da experiência. A lista inicial tinha 20 motivos, mas um fórum gringo resolveu continuá-la.

1- Os brasileiros não têm consideração com as pessoas fora do seu círculo de amizades e muitas vezes são simplesmente rudes. Por exemplo, um vizinho que toca música alta durante toda a noite… E mesmo se você vá pedir-lhe educadamente para abaixar o volume, ele diz-lhe para você “ir se fud**”. E educação básica? Um simples “desculpe-me “, quando alguém esbarra com tudo em você na rua simplesmente não existe.


2- Os brasileiros são agressivos e oportunistas, e, geralmente, à custa de outras pessoas. É como um “instinto de sobrevivência” em alta velocidade, o tempo todo. O melhor exemplo é o transporte público. Se eles vêem uma maneira de passar por você e furar a fila, eles o farão, mesmo que isso signifique quase matá-lo, e mesmo se eles não estiverem com pressa. Então, por que eles fazem isso? É só porque eles podem, porque eles vêem a oportunidade, por que eles querem ganhar vantagem em tudo. Eles sentem que precisam sempre de tomar tudo o que podem, sempre que possível, independentemente de quem é prejudicado como resultado.


3- Os brasileiros não têm respeito por seu ambiente. Eles despejam grandes cargas de lixo em qualquer lugar e em todos os lugares, e o lixo é inacreditável. As ruas são muito sujas. Os recursos naturais abundantes, como são, estão sendo desperdiçados em uma velocidade surpreendente, com pouco ou nenhum recurso.

árvore Ong meio ambiente Amazônia

4- Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais comum e desenfreado no Brasil do que na maioria dos outros países, e ainda assim a população continua a reeleger as mesmas pessoas.


5- As mulheres brasileiras são excessivamente obcecadas com seus corpos e são muito críticas (e competitivas com) as outras.


6- Os brasileiros, principalmente os homens, são altamente propensos a casos extraconjugais. A menos que o homem nunca saia de casa, as chances de que ele tenha uma amante são enormes.


7- Os brasileiros são muito expressivos de suas opiniões negativas a respeito de outras pessoas, com total desrespeito sobre a possibilidade de ferir os sentimentos de alguém.


8- Brasileiros, especialmente as pessoas que realizam serviços, são geralmente malandras, preguiçosas e quase sempre atrasadas.


9- Os brasileiros têm um sistema de classes muito proeminente. Os ricos têm um senso de direito que está além do imaginável. Eles acham que as regras não se aplicam a eles, que eles estão acima do sistema, e são muito arrogantes e insensíveis, especialmente com o próximo.


10- Brasileiros constantemente interrompem o outro para poder falar. Tentar ter uma conversa é como uma competição para ser ouvido, uma competição de gritos.


11- A polícia brasileira é essencialmente inexistente quando se trata de fazer cumprir as leis para proteger a população, como fazer cumprir as leis de trânsito, encontrar e prender os ladrões, etc. Existem Leis, mas ninguém as aplica, o sistema judicial é uma piada e não há normalmente nenhum recurso para o cidadão que é roubado, enganado ou prejudicado. As pessoas vivem com medo e constroem muros em torno de suas casas ou pagam taxas elevadas para viver em comunidades fechadas.


12- Os brasileiros fazem tudo inconveniente e difícil. Nada é simplificado ou concebido com a conveniência do cliente em mente, e os brasileiros têm uma alta tolerância para níveis surpreendentes de burocracia desnecessária e redundante. Brasileiros pagam impostos altos e taxas de importação que fazem tudo, especialmente produtos para o lar, eletrônicos e carros, incrivelmente caros. E para os empresários, seguindo as regras e pagando todos os seus impostos faz com que seja quase impossível de ser rentável. Como resultado, a corrupção e subornos em empresas e governo são comuns.


14- Está quente como o inferno durante nove meses do ano, e ar condicionado nas casas não existe aqui, porque as casas não são construídas para ser herméticamente isoladas ou incluir dutos de ar.


15- A comida pode ser mais fresca, menos processada e, geralmente, mais saudável do que o alimento americano ou europeu, mas é sem graça, repetitivo e muito inconveniente. Alimentos processados, congelados ou prontos no supermercado são poucos, caros e geralmente terríveis.


16- Os brasileiros são super sociais e raramente passam algum tempo sozinho, especialmente nas refeições e fins de semana. Isso não é necessariamente uma má qualidade, mas, pessoalmente, eu odeio isso porque eu gosto do meu espaço e privacidade, mas a expectativa cultural é que você vai assistir (ou pior, convidar amigos e família) para cada refeição e você é criticado por não se comportar “normalmente” se você optar por ficar sozinho.


17- Brasileiros ficam muito perto, emocionalmente e geograficamente, de suas famílias de origem durante toda a vida. Como no #16, isso não é necessariamente uma má qualidade, mas pessoalmente eu odeio porque me deixa desconfortável e afeta meu casamento. Adultos brasileiros nunca “cortam o cordão” emocional e sua família de origem (especialmente as mães) continuam a se envolvido em suas vidas diariamente, nos problemas, decisões, atividades, etc. Como você pode imaginar, este é um item difícil para o cônjuge de outra cultura onde geralmente vivemos em famílias nucleares e temos uma dinâmica diferente com as nossas famílias de origem.


18- Eletricidade e serviços de internet são absurdamente caros e ruins.


19- A qualidade da água é questionável. Os brasileiros bebem, mas não morrem, com certeza, mas com base na total falta de aplicação de leis e a abundância de corrupção, eu não confio no governo que diz que é totalmente seguro e não vai te fazer mal a longo prazo.


20- E, finalmente, os brasileiros só tem um tipo de cerveja (aguada) e realmente é uma porcaria, e claro, cervejas importadas são extremamente caras.


21- A maioria dos motoristas de ônibus dirigem como se eles estivessem tentando quebrar o ônibus e todos dentro dele.


22- Calçadas no meu bairro são cobertos com mijo e coco de cães que latem dia e noite.


23- Engarrafamentos de Três horas e meia toda vez que chove .


24- Raramente as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Você tem que voltar para o banco, consulado, escritório, mandar e-mail ou telefonar 2-10 vezes para as pessoas a fazerem o seu trabalho.


25- Qualidade do ar muito ruim. O ar muitas vezes cheira a plástico queimado.


26- Ir a Shoppings e restaurantes são as principais atividades. Não há nada pra fazer se você não gastar. Há um parque principal e está horrivelmente lotado.


27- O acabamento das casas é péssimo. Janelas, portas , dobradiças , tubos, energia elétrica, calçadas, são todos construídos com o menor esforço possível.


28- Árvores, postes, telefones, plantas e caixas de lixo são colocados no centro das calçadas, tornando-as intransitáveis.


29- Você paga o triplo para os produtos que vão quebrar dentro de 1-2 anos, talvez.


30- Os brasileiros amam estar bem no seu caminho. Eles não dão espaço para você passar.


31- A melhor maneira de inspirar ódio no Brasil? Educadamente recusar-se a comer alimentos oferecidos a você. Não importa o quão válida é a sua razão, este é considerado um pecado imperdoável aos olhos dos brasileiros e eles vão continuar agressivamente incomodando você para comê-lo.


32- As pessoas vão apertar e empurrar você sem pedir desculpas. No transporte público você vai tão apertado que você é incapaz de mover qualquer coisa, além da sua cabeça.


33- O Brasil é um país de 3° mundo com preços ridiculamente inflacionados para itens de qualidade. Para se ter uma ideia, São Paulo é classificada como a 10ª cidade mais cara do mundo. (New York é a 32ª).


34- A infidelidade galopante. Este não é apenas um estereótipo, tanto quanto eu gostaria que fosse. Homens na sociedade brasileira são condicionados a acreditar que eles são mais ”virís” por saírem com várias mulheres.


35- Zero respeito aos pedestres. Sim, eles não param para você passar. Na melhor das hipóteses, eles vão buzinar.


36- Quando calçadas estão em construção espera-se que você ande na rua. Alguns motoristas se recusam a fazer o menor desvio a sua presença, acelerando a poucos centímetros de você, mesmo quando a pista ao lado está livre.


37- Nem pense em dizer a alguém quando você estiver viajando para o EUA. Todo mundo vai pedir para você trazer iPods, X-Box, laptops, roupas, itens de mercearia, etc. em sua mala, porque eles são muito caros ou não disponíveis no Brasil.


38- A menos que você goste muito de futebol ou reality shows (ou seja, do Big Brother), não há nada muito o que conversar com os brasileiros em geral. Você pode aprender fluentemente Português, mas no final, a conversa fica muito limitada, muito rapidamente.


39- Tudo é construído para carros e motoristas, mesmo os carros sendo 3x o preço de qualquer outro país. Os ônibus intermunicipais de luxo são eficientes, mas o transporte público é inconveniente, caro e desconfortável para andar. Consequentemente, o tráfego em São Paulo e Rio é hoje considerado um dos piores da Terra (SP, possivelmente, o pior). Mesmo ao meio-dia podem ter engarrafamentos enormes que torna impossível você andar mesmo em um pequeno trajeto limitado, a menos que você tenha uma motocicleta.


40- Todas as cidades brasileiras (com exceção talvez do Rio e o antigo bairro do Pelourinho em Salvador), são feias, cheias de concreto, hiper-modernas e desprovidas de arquitetura, árvores ou charme. A maioria é monótona e completamente idênticas na aparência. Qualquer história colonial ou bela mansão antiga é rapidamente demolida para dar lugar a um estacionamento ou um shopping center.

Shopping construído na Bacia do Pina, Recife
Shopping construído na Bacia do Pina, Recife

Museu do Índio, Rio de Janeiro
Museu do Índio, Rio de Janeiro

Eu sou psicologa registrada e membro da ordem de psicologos do Quebec!

Nem acredito que esse dia chegou!!

Eu sou psicologa de novo!!


Muito esforco, estresse, horas de sono mal dormidas, onde eu sonhava com trabalho e portas a bater em busca de oportunidades.
Estou no Canada ha 5 anos, e a busca pela saida do labirinto me custou quase 4 anos de trabalho.

Porem, a flor compensa os espinhos!

Ha alguns dias recebi meu numero de inscricao junto a OPQ.
Meu nome esta no site! Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! :)

Melange  Birulio, psychologue 
    

Montréal  


Pratique privée
5066 av Papineau
Montréal (Québec) Canada
H2H 1V8 

Phone: (514)777-6609 
  
https://www.ordrepsy.qc.ca/en/public/trouver-un-professionnel2/annuaire-des-professionnels.sn?special=%C3%A9&membre=&region=0&start=0&name=Birulio+Melange

O anuncio abaixo eu postei no facebook, com a intencao de divulgar meu trabalho para os brasileiros que vivem em Montreal: 

Ola, gostaria de comunicar que desde Janeiro, 2015 sou PSICOLOGA CLINICA registrada e membro da ordem de psicologos de Quebec. Atendo em portugues, ingles e frances. Minha clinica se situa à:

Hi, I would like to inform that since Jan 2015 I became a registred CLINICAL PSYCHOLOGIST and a membre of the Ordre des Psychologues du Québec. I am completely trilangual (English, French & Portuguese).  My private practice is at:

5066 Av Papineau Montreal H2V 1V8
Tel.: 514-777-6609
www.cliniquepapineau.ca

My page: http://melangebirulio.wix.com/melangebiruliopsy

Facebook: https://m.facebook.com/profile.php?id=138779635485888




Eu estou satisfeita com os resultados que obtive, espero que voce também esteja (ou estara em breve!). 

Bonne courage! 
À bientôt xox


Consideracoes sobre o desafio da imigracao

http://montrealnareal.com/2015/01/18/fracasso-e-sucesso-no-exterior-quando-brasileiros-erram-o-alvo-da-imigracao/?preview=true&preview_id=319
By:  Rogério Tanganelli.

Fracasso e sucesso no exterior. Quando brasileiros erram o alvo da imigração. ( Opinião )

target
Esta semana uma notícia foi recebida de forma distinta por muitos que vivem nas terras geladas do Canadá. 

A rede de lojas americana Target anunciou que está deixando o país. Eles chegaram por aqui em meados de 2013. As coisas andaram mal, mês após mês prejuízos com a perda de alguns milhões de dólares. Com o cenário mais otimista o lucro só viria em 2021, isso segundo os analistas da marca. 

As explicações foram muitas para o fracasso. Prateleiras vazias, falta de novidades, promoções nada convidativas, preços acima da concorrência, localização e os comparativos com a versão do Tio Sam considerada bem mais atraente.  Infelizmente o maior ônus da perda como sempre fica para os mais fracos, cerca de 1,700  trabalhadores que infelizmente irão perder seus empregos. Entretanto,  claro, fica também um modelo a ser estudado.

D’accord, mas o que isso tem a ver com os imigrantes e este título maluco. Aqui está o paralelo.  A Target, assim como você e eu meu amigo desembarcamos em terras estranhas com um único objetivo : o sucesso.


A medida do sucesso.

No caso da Target o sucesso é medido pelo lucro. Pelo menos a explicação para o fracasso foi traduzida em números. Sem dinheiro, não adianta, é hora de partir. O problema é que quando o lucro se torna o objetivo a sobrevivência pode estar ameaçada. Para uma família, indíviduo ou empresa o foco deve ser sempre o mesmo. Acima do rendimento está a própria sobrevivência e harmonia do grupo. Se o lucro for o ponto final o tráfico de drogas então é o melhor modelo de gestão, ou a prostituição.

No entanto o lucro em muitos casos pode tornar o caminho da evolução turbulento. Ele, o lucro, pode representar o suicídio. É só olhar para a crise de 2008 que teve início nos EUA. Anos antes da bolha estourar os rendimentos foram recordes em todos os setores. Empresários comemoravam os altos salários que chegavam a ser 150 vezes maior  que o salário de um trabalhador comum. Foi exatamente o lucro excessivo e a falta de gerenciamento destes rendimentos que causaram o colapso.

Um outro exemplo, um pai ou mãe de família podem estar com ótimos salários, mas trabalham muito e não conseguem ver os filhos. Neste caso é preciso repensar a estratégia, por que estão perdendo o contato com aquilo de mais importante, os filhos e a manutenção da família pode estar em risco. O lucro em descontrole é temeroso. Quantas famílias e casais não são sacrificados em nome do rendimento ?

Muitos imigrantes medem sua experiência a partir do lucro. Quanto estou ganhando ? Qual carro possuo ? Meu emprego aqui é melhor do que no Brasil ? Pior. Pago muitas taxas, estou sendo roubado. Vou para outro país. Lá eu tinha ar-condicionado, uma boneca Lu patinadora e viajava uma vez por ano. Aqui tenho 2 mil na conta e uma mala da marca z. Estão sempre olhando números. Para estes imigrantes a vida pode ser um verdadeiro fracasso em terra alheia. As coisas demoram, o cargo sonhado não vem, o lucro não aparece e a decepção chega.

No Brasil aprendemos a medir o sucesso desta forma. Lembro de um dia que uma pessoa disse assim para mim. Você vai se mudar para o Canadá porquê ? Disse que queria continuar minha peregrinação pelo mundo para conhecer um pouco mais e tentar uma vida diferente. Ela me disse. Mas também, você não deu certo aqui no Brasil, não tem muito a perder. Nem adiantaria se eu disesse que havia feito isso ou aquilo. Um mestrado, um honra ao mérito, ou se eu tivesse simplesmente mantido com harmonia minha família, isso não é sinônimo de sucesso. No Brasil ele começa com RE e acaba com AL. Mas  nunca dormi neste barulho e resolvi partir, exatamente pra me afastar desta mentalidade.

O modelo Estadunidense de sucesso.

Muitos imigrantes entraram de gaiato no Quebéc. Uma boa parte sempre teve o sonho dourado norte americano, o famoso estilo american way of life. Sonham com bens de consumo e muitos deles. Sonham com as prateleiras da Target realmente como devem ser. Mas como o green card é muito difícil muitos tentam o primo de cima, o Canadá, caminho também difícil e a terceira via acaba sendo escolher o Quebéc, a província francesa, com ares de Rússia. O problema é que o Quebéc é uma sociedade muito mais vermelha que azul, mais esquerda que direita E o Chavez é mais querido que o Bush por aqui. Os impostos são altos, saúde e educação estão na mão do Estado e o fisco é severo. 

Existem muitas ações sociais para equilibrar o “gap”  entre ricos e pobres, apesar do país não ser diferente das potências mundiais. Ou seja, cada um no seu quadrado fique claro. Ficar rico no Quebéc é tão difícil ou mais do que no Brasil. Na verdade os índices de mobilidade social são muito mais altos no Brasil. E é por isso que existe uma centena de imigrantes, assim como a Target, metendo o pé do Quebéc ou no mínimo reclamando.

Adaptação.

Assim como a cooperação essa é uma das principais características da boa sobrevivência. Qualquer especialista dirá à rede Target que ela foi deficiente no quesito adaptação, não soube entender, esperar e se adaptar ao gosto e exigencias locais. O mesmo serve para o imigrante. Quando se chega numa nova casa a melhor coisa a se fazer é estudá-la. Tudo tem um processo e um protocolo a ser seguido. Talvez a Target errou o alvo ao escolher o Canadá, assim como muitos imigrantes.

Pelo menos no quesito imigração é evidente que o Canadá sabe bem receber. O Quebéc, mais ainda. A província tem uma história demasiadamente rica, um povo especial e batalhador e o maior diferencial para o recém-chegado, aqui ele é bem-vindo. Os imigrantes são selecionados e integrados e recebem muita ajuda para isso. E bota ajuda. Encaminhamento para escola, francisação, educação para os filhos, saúde, créditos financeiros, ajuda na inserção do mercado de trabalho, além é claro de uma integração cultural incrível. Em pouco tempo um imigrante já consegue se sentir em casa.

A regra do sucesso.

Não existe a regra do sucesso, muito menos um padrão, entretanto, existe planejamento e um caminho a ser seguido. Antes de mais nada você não deve ser influenciado por um padrão imposto por outros. Coloque teus principais objetivos em um papel assim que der início a sua etapa de mudança e tente se organizar para cumprí-los e estudar a evolução deste projeto. A Target quando saiu de casa sabia o que queria. E pode ter certeza que não era chegar aqui e ir embora em menos de dois anos. Houve falhas nesta história e onde elas estão? Nos poucos anos de estudo sobre o perfil dos imigrantes uma coisa posso dizer sem medo de errar. Existe um grande descompasso entre tempo, exigências e domínio das informações. São os 3 principais fatores que determinam a frustração para muitos. 1, 5, 15, quantos anos são necessários para a integração de toda uma vida ? Muita gente quer tudo de uma vez e que seja logo. A falta de informação também gera uma surpresa a cada nova barreira. Alguns chegam, encaram os primeiros desafios de validação de diploma e já se desesperam. Um estudo prévio maior eliminaria por exemplo esta frustração.

E as altas exigências fazem com que muitos transformem o tão sonhado paraíso num pacote de viagem turística enganosa. Acham que foram roubados. Existe uma sequência de “consumidores” incompreendidos no processo de imigração. As frases deles vão da : “Ninguém me disse que aqui era tão frio” passando pelo “O governo do Canadá convoca gente qualificada para lavar prato” ao “Eles estão de olho só nos nosso filhos” até as tradicionais “ Nem Francês eles falam” e a absurda que ouvi recentemente “ O Québec não tem história”.

Não somos do grupo cego defensores do Quebéc, mas a província cumpre o grande papel da integração de forma clara e honesta.  Aprenda a agradecer e nunca esquecer o que veio buscar. Estudo, trabalho, família, convivência, aprendizado, língua, experiências novas e inserção. Isso é a medida do teu sucesso. Esse deve ser o teu foco. Não os números da tua conta bancária. Ter carro, casa, viajar, comer bem, tudo isso é importante, sem dúvida nenhuma, mas tudo isso é secundário, fugaz. Ou alguém se sustenta somente com isso.

Empresas como pessoas estão perdendo o foco. A Target pode ter encerrado sua história por aqui de forma triste. E você ? Qual será sua história em terras geladas …..