quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ainda sobre a vida insegura (infelizmente) do ciclista em Montreal.

City ordered to pay paralyzed cyclist $868,000

Bike wheel caught in sewer grate on Ste. Croix

 By CATHERINE SOLYOM, The Gazette September 15, 2011
The city of Montreal has been ordered to pay a cyclist more than $868,000 in damages after her front wheel got stuck in a sewer grate, sending her flying about 12 metres through the air. The cyclist, then a 59-year-old woman who worked with handicapped children, is now a paraplegic.
The Superior Court decision caps a four-year legal battle by Juliet Wilson Davies to force the city to pay for not keeping its roads safe and clear of "traps" - such as the one waiting for her as she headed home to Town of Mount Royal in May 2007.
Davies, a special-education teacher and a lifelong cyclist, had taken her bike out for the first time that year to get it tuned and have the handlebars replaced. Once the repairs were complete, wearing running shoes and a helmet, she took the same route home, heading south down Ste. Croix Ave.
She went under a viaduct near CEGEP St. Laurent and at the last minute saw three sewer grates in a row - each about three feet wide - together covering nine feet of the single southbound lane. She veered left toward the middle grate, which appeared to be the smoothest, then felt a "sudden jolt."
A witness testified he saw her do a full flip in the air before landing on her head. Davies found herself 12 metres from the viaduct, covered in blood and unable to move her legs.
"She was a very active, healthy woman and in the blink of an eye she was paralyzed from the sternum down, and confined to a wheelchair," said Stuart Kugler, Davies's lawyer.
Lawyers for the city argued the sewer grates, installed in 2002, were visible and safe, and Ste. Croix Ave. was neither a bike path nor a designated bike route.
The fault lay with Davies herself, who made a false manoeuvre, and acted imprudently by not taking the time to adapt to her newly modified bicycle.
Last January, Justice Catherine Mandeville decided to see for herself. Nothing had changed since the accident. Contrary to municipal standards, the spaces in the grate were wider than a bicycle wheel, and were angled at 45 degrees from the direction of traffic, not perpendicular as they should have been. The only explanation for Davies's accident, Mandeville ruled, was her wheel did in fact get caught as she veered slightly left.
Patricia Lowe, a spokesperson for the city, said she couldn't comment on the case. The city has 30 days to appeal the decision.

It isn't the first time the city of Montreal has been found responsible for a bike accident.
In April 2011, the Quebec Court of Appeal upheld a decision ordering the city to pay a cyclist $199,000 when she hit a pothole on Roslyn St. in Westmount, was projected about the length of two cars, and fractured her shoulder upon landing. The hole was deemed to be a "trap" the city should have repaired.
Kugler said this last decision should give people confidence that if they do have an accident they have legal recourse.

"The city has the obligation to act prudently and diligently to ensure the safety of users whether they are on the road or the bicycle path or the skating rink."

Suzanne Lareau, the head of Vélo Québec, says cyclists have been getting their wheels caught in grates since the 1980s. They have to be perpendicular to traffic, she said, and underpasses should be better lit.
"It gives you the shivers - to see someone handicapped for life because of something so easy to change," Lareau said.
Major work on Ste. Croix is slated to begin soon, including the addition of a bike path.


Read more: montrealgazette.com/health/City+ordered+paralyzed+cyclist
Por isso(s) tudo é que sempre me vem a pergunta a cabeça: Canada é ou nao é pais de primeiro mundo em qualidade de vida?
Porque qualidade da/na vida inclui segurança, nao?

sábado, 10 de setembro de 2011

Uma vida vale CAD 150.00 e 1 ponto na carteira de motorista!!!


3 ciclistas mortos em Montreal no mes de agosto
1 ciclista morto no mes de setembro (dados que eu tenha, talvez o numero seja maior)

Publicado no Journal Métro, Montréal em 9 de setembro de 2011 (sexta feira passada) na sessao de email dos leitores...

Estou dividindo esse artigo com voces para justificar minha saudade das ciclo vias, da seguranca, das leis de transito de Londres, como postei no meu blog em 5 de agosto 2011 em  «Troca de opinioes no orkut com meninas da MMC». Segue parte do meu texto abaixo.

...A pontualidade britanica, ingleses famosos por serem «cold» me fizeram aprender o valor do respeito pelo espaço do outro, mesmo que o outro seja tao proximo como sua mae, amei usar minha bike (que nunca foi roubada em 3 anos de vida em Londres) em ciclovias emborradas num verde tapete de seguranca. Os ingleses estimulam total e irrestritamente o uso de bike por TODOS, por isso eles sao severos ao extremos nas puniçoes por quem nao respeita ou causa acidente que envolva um ciclista, situacao completamente diferente de Montreal, nao conheço pessoalmente o restante do Canada com relaçao a vida do ciclista.
 Em Montreal, South Shore, mais especificamente Brossard, apos 15 dias de chegar no Canada fui atropelada por um motorista de aproximadamente 20/25 anos acompanhado de 4 amigos no carro. Fui muito mal acompanhada pelo servico de paramedicos que nao foram capazes de se comunicar comigo em ingles, eu nao falava nadica de frances, apos 2 horas esperando na maca sem poder movimentar meu pescoco, desisti da espera, levantei e deixei o Hospital Charles LeMoyne sem receber cuidados.

Les rois de la route
2011-09-08 21:09:16.000
Le 6 juin dernier, un cycliste a été happé mortellement dans le nord de la ville, dans un coin tranquille à l'intersection des rues Pasteur et Salaberry. Comment? Il traversait en ligne droite lorsqu'une automobiliste qui arrivait en sens inverse a voulu faire son virage à gauche, sans mettre son clignotant et sans regarder avant de tourner. Elle tue le cycliste et que lui arrive-t-il? Elle écope d'une contravention de 150 $ et perd un point d'inaptitude.

Voilà comment les piétons et les cyclistes sont protégés au Québec. Car la SAAQ ne se prononce plus depuis les années 1970 (précisément depuis l'arrivée du Parti qué­bé­cois au pouvoir) sur la détermination de la faute et de la responsabilité. Ou peut-être est-ce que ce sont les policiers qui ne font plus leur travail d'enquête? Peu importe, la loi est ce qu'elle est, mais elle peut être changée.

En Oregon, le Code de la route confère aux automo­bilistes la responsabilité de protéger les usagers plus vulnérables de la route, soit les piétons et les cyclistes. Ils sont considérés automatiquement comme responsables lors d'une collision. C'est normal, puis­qu'ils sont beaucoup plus menaçants et plus dangereux. Ils peuvent tuer.

Mais ce qu'on a peut-être oublié dans notre société, c'est que conduire est un privilège et non un droit. Tant d'automo­bilis­tes continuent de rouler même s'ils ont commis une faute fatale. Trop d'automobilistes croient qu'ils sont seuls sur la route et oublient les règles les plus élémen­taires de la conduite, comme regarder avant d'effectuer un virage. Mais leur faute ne leur vaut même pas une suspension du permis, ni même un examen de la vue pour vérifier leur vision périphérique. Mais alors à quand un plus grand contrôle? Au cours du mois d'août, trois autres cyclistes ont péri sur les routes de Montréal. Ne serait-il pas temps de reconnaître la responsabilité des automobilistes et d'agir?  

– Laila Maalouf


E muita sorte nas ruas de Montreal para gente que quer ser ecologico, praticar um exercicio enquanto a meteo permite, ou sentir um ventinho no rosto, ja que assassinato nas ruas podera ser punido com CAD 150,00 de multa e perda de somente 1 ponto (isso mesmo!!! 1 unico ponto) na carteira do motorista responsavel e causador do acidente, sem suspensao do direito de dirigir ou re exame de vistas para confirmar habilidades do causador da morte de um ciclista nas ruas.

Entao, quem dita as leis das ruas aqui? Ou como diz o artigo, quem é o rei das ruas? 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Preenchendo os formularios do processo de Sponsorship (ou Parrainage).


Gentes,
 Atendendo a pedidos, e muitos, vou postar aqui, em detalhes, o mais minuciosamente possivel, minha estoria de longo percurso no preenchimento do processo de Sponsorship ou Parrainage, em frances.

Tudo comecou quando de ferias no Brasil, tinha acabado de chegar dos EUA, pela internet conheci meu marido. Decidimos nos casar no Brasil, ele é canadense de Montreal, apos ele pedir minha delicada mao em casamento pelo skype :D

Pensei em pagar a ajuda do Otavio Gouveia do Brazil Canada.
Pensei tambem em pagar CAD 5,000 pela ajuda de um advogado.

Ficava no meu laptop até as 4 ou 5 hrs da manha pesquisando e lendo tuuudo que aparecia. Assim conheci varios grupos que me deram muito e quase todo apoio que eu poderia ter.

Conheci garotas casadas com canadenses como eu, que tinham feito o processo de sponsor sozinhas, com a ajuda dos parceiros e das meninas fantasticas dessa comunidade do orkut MMC, Meu Marido é Canadense.

A comunidade é composta somente de meninas que tem ou tiveram relacionamento/casamento com canadenses ou cidadao canadense.
Elas me guiaram pelo processo todo.
Nas menores duvidas que eu tinha elas me ajudaram.
Obrigada de coraçao MMC!!

Maura, me ajuda!!! tambem foi muito instrutivo. Consegui muita informaçao por la. Vc tem podera ler 5 anos de postagens na comunidade. Tem muita gente que estava exatamente onde voce esta agora e que postou la algum dia do passado... vale a pena ler os topicos.

                                         

Tem outras comunidades se voce quiser sair lendo:
Quero ir para o Quebec
Brasileiros em Montreal
entre outras.

Tem comunidades que sao muito ativas e os membros participativos, tem outras que dormem um pouco, e quando voce esta preenchendo os 3 kg de formularios para o processo, nao dorme direito, voce quer alguem que te de assistencia imediata.

Faca um busca, google, e tem comunidades do orkut que podem esclarecer muitos pontos.
E otima sorte, mas segure a ansiedade (se possivel), ela nao é ajuda em nada.

Esse tema é longo. Volto para postar mais informaçoes. A bientot xx

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dia da Independencia do Brasil!! E aqui em Montreal estou ainda batalhando pela minha!


                                OK, esta na hora de dividir as minha experiências com os psicologos que estarao chegando, estao aqui, ou estao sonhando, planejando, esquematizando para ser candidatos a fazer parte da OPQ,

Como ja mencionei no post de  de agosto de 2011, a OPQ ja respondeu  minha solicitacao.

Agora estou no processo, tambem desgastante, longo, e ansiolitico, para ser aceita por uma universidade como aluna especial, pois nao vou me matricular no programa todo, como aluna regular,  tenho que completar somente18 creditos em pesquisa, como também ja mencionei no mesmo post acima citado.

So sao 2 universidades em Mtl que lecionam em ingles, McGill (uma das 25 melhores universidades no mundo, e por isso mais cara, e muito concorrida tambem. Eles pedem documentacao que nunca termina para voce ser considerada como possivel aluno) e Concordia, que infelizmente nem considera aceitar independent student.
Como meu ingles é superior ao meu francês, e ja esta quase melhor que meu portugues, me desculpem os erros ridiculos, mas é que nao moro no Brasil ha 11 anos, estou perdendo a pratica no uso da nossa lingua.

Iniciei essa semana, na quarta, dia 6 de setembro, minhas aulas na UQAM, umas das 4 universidades francesas de Mtl.

Nossa! Que desafio para mim, que friozinho no estomago me dar conta que estou entre as 20 criaturas do programa de doutorado!! (é, os creditos deverao ser feitos no programa de doutorado) de uma universidade e em frances! Parece até mentira. Ainda nao sei se dou conta do recado, vai ser complicado, e vai exigir muita dedicacao e estudo, mas eu vou tentar passar nos 2 exames que terei que fazer, vamos ver como vou me sair.
Decidi continuar, pois o professor foi o unico entre os 20 professores que contatei na UQAM que me aceitou como aluna especial, independente, nem sei como falamos no Brasil, em ingles é independent student, e em frances é étudiant libre, e por isso nao sinto que posso fechar a porta para essa oportunidade unica.

A McGill ainda vai analisar 3 kg de diplomas, certificados, historicos, transcriçoes e cartas de referencia que eu preciso apresentar para ser considererada uma candidata a uma vaga, que sao poucas para o numero de interessados.

Somente para me inscrever na McGill ja paguei CAD 100,00, dinheiro nunca devolvido, independente do resultado da sua aplicacao.

Na UQAM vou gastar CAD 460,25 por 3 creditos (um curso geralmente tem 3 creditos, no maximo 6), dos 18 que preciso, entao quer dizer que vou desembolsar CAD 2,761.50 caso eu cumpra todo o programa que necessito la, mas se eu decidir ir para McGill, caso me aceitem, o preco sobe consideravelmente. E CAD 60,00 pela incricao.

Acredito que por 3 creditos o preço da McGill é de CAD 500/550,00, que na soma final dos creditos faz diferença. E o valor de inscriçao é maior que das outras universidades tambem. Para nao dizer, muito mais burocratica que a UQAM, que tem renome por ser acolhedora para os imigrantes, e eu estou compovando por experiencia pessoal que isso é real.

Infelizmente, a lingua francesa é ainda muito nova para mim, o que nao facilita meu processo de aprendizagem, especialmente num programa de PhD., onde eles exigem muita independencia e auto gerenciamento. E quando nao conhecemos a rotina da universidade, do povo, do pais, fica ainda mais delicada a nossa situacao de imigrante, e por tudo isso é tao estressante essa longa fase (de 3 a 5 anos, eu diria. Ja estou em Mtl ha um pouco menos que 2 anos e ainda me sinto na faixa de largada da corrida :) de adaptacao.

O livro que o professor da UQAM solicitou para leitura é em ingles (para voce ver como o bilinguismo é totalmente necessario, e natural no Quebec), isso dentro de uma universidade onde a unica lingua falada é frances.

O livro é:
O preço do danado é: CAD 168,68 com as taxas quebecoises incluidas :(
Vai ser caro assim la na casa vizinha hem!!
Da pra comprar mais barato usando o Ebay, mas como tenho que digerir, que mais que somente ler, 86 paginas, nao poderia esperar o tempo de entrega...
Alias usando ebay ou  Amazon, da para fazer economias significativas se voce pode esperar pela entrega que pode ser demorada, de 2 dias uteis ate 6 semanas!!

Gente, conselho:
Se voce puder aprender as 2 linguas, frances e ingles, antes de chegar no QC, isso nao ira te prejudicar em nada.
Mesmo apos estarmos fluentes, e eu disse fluente, nas 2 linguas, ainda estamos na desvantagem na competicao no mercado de trabalho contra um quebecois, porque eles sao completamente naturais nas 2 linguas, pelo menos, quando nao falam uma terceira lingua.

Se voce nao puder aprender antes de chegar, fazer o que né? So vai ter que administrar o processo que é viver em QC e nao ser capaz de se colocar de maneira satisfatoria no mercado de trabalho.
Eu chamaraia satisfatoria, a possibilidade de ser capaz de pelo menos se candidatar a vagas na nossa area.

Eu nao consegui ate hoje, apos os 22 meses que moro aqui, ser aceita como candidata a uma vaga em recursos humanos por nao ser bilingue, detalhe; bilingue em QC sub entende-se frances e ingles.

Por favor me desejem MUITA sorte.
Amanha vou a UQAM comprar meu livro, ja temos capitulo 12 e 13 para ler e digerir para semana que vem.

E otima sorte para voces tambem.


4 paises diferentes!

Eu estava no metro de Mtl, que diga se de passagem, fica completamente atras se comparado ao metro de Londres, Nova Iorque, ou mesmo a europa, mas, anyway, quando eu li essa frase de um geografo quebecois:

«Morar no Canada é como morar em 4 paises.
Um pais por cada estaçao do ano.»

E mesmo como morar em 4 paises.
4 estaçoes, 4 paisagens diferentes, e as pessoas mudam tambem, por fora, pelo menos, nas camadas de roupas que usam. No inverno nos vestimos como as cebolas, em camadas, para poder retirar roupas quando entramos em ambientes aquecidos, para nao morrer angustiado de calor.
A semana passada fez 32 graus com o fator humidex, e acredito eu, foi o ultimo dia do verao de 2011 onde atingimos a marca dos 30 graus. Essa senama a previsao eh de chuva, e hj so fez 18 graus.
Infelizmente as blusas ja sao necessarias, de novo :(







E o inverno (o inferno no Canada é longo, como diria minha amiga Isa, que morou aqui por 10 anos, e voltou a morar em Curitiba ha 2 meses) ja comecara a mostrar a sua cara.
E comeca novamente a rotina de acordar mais cedo e se organizar para vestir casacos, cachecol, luvas, calça extra, toca etc..

Bonne change na briga contra a depressao de inverno (voltarei a falar um pouco mais sobre minhas impressoes desse triste processo que as pessoas vivem aqui, e infelizmente, para nos imigrantes, e para todos sem excessao,
é uma sindrome bastante presente na realidade quebequense).

À bientôt xx